Crônicas do Sebastian

Raramente viajo naquele trem que vai até sua cidade Mas, por ironia do destino, você também estava nele Para muitos, foi apenas uma mera coincidência Para outros, entretanto, algo planejado por alguém. Você não me viu mas eu a vi e a fotografei Você estava ali, a poucos centímetros de mim Mas não era o aço e o vidro nos separavam O que nos separava eram estes 18 anos Um abismo no tempo entre 1992 e 2010 Você não mudou quase nada neste tempo todo Pois na verdade, foi apenas um flash na eternidade que está por vir Um flash muito luminoso, como o brilho de uma supernova E da mesma forma, se perderá para sempre no universo Você estava indiferente, como sempre Talvez não sinta o que estou sentindo quando viajo neste trem Muitas pessoas já estão deixando os vagões A historia delas está chegando ao fim E minha viajem também está chegando ao fim Ouço a ordem para descer do trem, pois chegamos ao final da linha Gostaria de ficar mais um pouco, circular para sempre Ficar a te olhar através