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Uma carta perdida no tempo e no espaço
Dia 8 de março, um domingo igual a tantos outros, estava em meu quarto ainda pensando numa garota que tinha conhecido. Seu nome, Adriane. Não, não a ultima mas a primeira. Resolvi então ligar o radio na Cidade FM para ouvir o programa “Paquera da Cidade”.
Foi quando Arlindo Sassi, apresentador do programa, leu a carta de Adreani. Algo de estranho aconteceu quando ele passou os dados, pois parecia que estava vendo a pessoa. Talvez fosse devido a solidão em que me encontrava ou porque os gostos e idéias da garota fechavam com as minhas.
Imediatamente anotei seu endereço para escrever no dia seguinte.Na segunda-feira, a primeira coisa que fiz foi escrever e colocar no correio, uma carta datilografada, já que minha letra é terrível. Será que ela iria responder?
Abaixo a carta que escrevi:“Ola Adreani!
Antes de mais nada, desculpe por estar datilografando esta carta. É que minha letra é terrível. Estava escutando a Rádio Cidade ontem à noite e ouvi seus dados e endereço e por isso resolvei escrever.
Você fala que é uma garota tímida e isso é bom sinal (pelo menos para mim que valoriza este tipo de pessoa). Conta também que é muito solitária e gostaria de alguém para conversar por cartas. Eu também escrevi para esta rádio, mas tenho recebido algumas cartas de outras garotas mas, a maioria são muito chatas, só querem lugares badalados, usar roupas de grife, andar de carro pra cima e pra baixo. Sabe como é, só querem aparecer.
Adreani, pelo pouco que pude perceber, você me parece uma garota muito legal e mesmo que nunca venhamos a nos conhecer, com certeza seremos bons amigos.
Sebastian.”.
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